terça-feira, 28 de novembro de 2017

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha








CASA DE PARANHÃO

     
     Estas casas fidalgas, ou afidalgadas, eram mandadas construir por famílias com algumas posses, sobretudo famílias com médias ou grandes quintas agrícolas e montes com matos, pinheiros, carvalhos e outras árvores, permitindo aos seus senhores alguns rendimentos, pois até ao século XX os caseiros não eram pagos com dinheiro, mas sim com uma pequena parte daquilo que a terra produzia. Os chamados fidalgos do Minho não tinham títulos de nobreza, não eram duques, condes ou marqueses, um ou outro era barão ou visconde. Na literatura portuguesa existem vários livros falando dessa gente: como viviam, os seus vícios e pecados, as suas virtudes e fragilidades. Autores como Camilo Castelo Branco, Júlio Dinis, e tantos outros escreveram belas páginas sobre este assunto. A Casa de Paranhão foi erguida no lugar de Paranhão, freguesia de Penso, concelho de Melgaço. Em 1808 pertencia a Domingos Esteves Cordeiro e a sua mulher, Francisca Domingas Esteves Cordeiro. Nesse ano, a 25 de Janeiro, um filho deste casal, Domingos Joaquim Esteves Cordeiro, casou na igreja de Penso com Maria Caetana Alves, filha de Domingos Alves e de Maria Lina (ou Maria Luísa) Álvares de Magalhães, da Casa do Crasto (*); (ver “O Meu Livro das Gerações Melgacenses”, volume II, página 119, de Augusto César Esteves). // Uma filha de Domingos Joaquim Esteves Cordeiro e de Maria Caetana Alves, ou Álvares de Magalhães, de seu nome Maria Teresa Esteves Cordeiro, casou na igreja de Penso, a 14/7/1856, com Manuel Luís Gonçalves, filho de Manuel António Gonçalves e de Caetana Rodrigues Vilarinho, do lugar de Telhada Grande, freguesia de Penso. // João Esteves Cordeiro, desta Casa, gerou em Rosa Lourenço, sua conterrânea, uma menina, Ernestina Esteves Cordeiro, que nasceu a 14/12/1881, que perfilhou, a qual veio a casar a 11/2/1899 com João Eugénio da Costa Lucena, natural da cidade de Lisboa; um dos filhos deste casal teve uma ourivesaria na Praça da República, vila de Melgaço, depois de 1950, salvo erro. /// (*) Noutro lado aparece como Casa do Campo.

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